domingo, 21 de setembro de 2008

Da Introdução.

Àqueles que vadiam na relva. Àqueles que suportam os dardos do fado sempre adverso. Àqueles que nunca bocejam ou dizem um senso comum. Àqueles que já acreditaram no eterno. Àqueles que viram famintas, histéricas e nuas as melhores mentes de sua geração. Àqueles que, estrebuchando, fazem um melhor vindouro. Àqueles que celebram a si mesmos. Àqueles que têm visões místicas e vibrações cósmicas. Àqueles que sofreram pelas limitações do amor. Àqueles que querem tudo ao mesmo tempo. Àqueles que já se encontraram numa selva escura. Àqueles que viram Pound e Eliot lutarem na torre do capitão. Àqueles que ainda se emocionam. Àqueles que já dormiram em redes. Àqueles que sentem o vento e acompanham os quartos da lua. Àqueles que já transaram de ratos pra entrar em seus buracos. Àqueles que foram ao Pireu com Gláucon, dirigir suas preces à deusa. Àqueles que querem sugar a medula da vida. Àqueles que vivem a música. Àqueles que se retrataram enquanto jovens- cães. Àqueles que foram aos bosques viver deliberadamente. Àqueles que ainda sentem gratidão. Àqueles que trabalham sem alegria para um mundo caduco. Àqueles que leves e desatentos, bóiam no mar.

A todos esses aqueles serve de remonta esse cavalo elétrico.

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