Vinna Baptista, Thiago Veloso, Luê Lee, Vlad Dias, Bernardo Zé, Samuel Duprat, Jon Gil, Clau Costa, Elton Neto e o ausente, mas presente no quadro poundiano, Tiago Leão.
Num lanço de dados, ancoram escritores, cineastas, psicólogos, fotógrafos, músicos e filósofos. A reunião dos cupinchas engendra um clamor por Virgílio nas portas dos banheiros, Maiakóvskis engastados na alma e dentes à mostra.
É trazido a público o manifesto, o ESTRO.
o cio, o ócio, a força criadora; o ESTRO.
engenho poético- que ele esperte furioso, endureça; vivo!
que se durma até mais tarde e que guimarães rosa abarrote escaparates dos “pegue e pague” do mundo- que todos os tons e olhos do libriano zé lá também estejam.
engenho poético- que ele esperte furioso, endureça; vivo!
o furor é ESTRO. a tropicália, antropofagia, jorge amado e epicuro; ESTRO.
vi gil pegar a cadência da remada; comi-o. vi caetano entoar laia, ladaia, sabadana, ave maria; comi-o.
xiquexiques, tchatchatchas e baiões de gonzaga ganham as ruas.
que se enunciem desculpas e não “sorry’s”. mas que shakespeare seja lido.
o artifício do bardo é ESTRO. a “comedia” do florentino é ESTRO.
engenho poético- que ele esperte furioso, endureça; vivo!
lá vem o cantorio do povo em transe, o maracatu, o mangue beat.
o sempre novo delíriofala de glauber é pra ser ouvido e a educação parida pela pedra de joão cabral; pra ser cantada. a alvura precisa d’alguma poesia de drummond é ESTRO.
engenho poético- que ele esperte furioso, endureça; vivo!
montado no cavalo de pau de alceu é que se defronta os moinhos cervantinos.
promulgado o roubar e dar flor a amantes, namoradas, noivas, mães, tias e avós.
que os respingos quentes do mijar na terra encontrem as canelas das crianças livres que vêem a grama grassar.
engenho poético- que ele esperte furioso, endureça; vivo!
que não se ostente mais fotos na neve e que as crianças não assistam mais superman.
15 comentários:
Que Shakespeare seja lido, amém!
Comamos onion rings e vomitemos macaxeira!
Avante, neo-antropófagos!
Mais louco é quem me diz e não é feliz!
Mari
Caro Conrad Macalé, toquemos rabeca e colemos este singelo manifesto nos banheiros dos espaços unibancos, butecos, pastelarias e lojas de conveniência deste mundo.
ESTRO!!!
já dizia nosso amigo torquato. temos que assumir a cafonice do tropicalismo: "como achar Felini genial e não gostar do zé do caixão?"
Rimemos dor e amor, ardente e vivos!!!
Rigido nas vigas tropicalistas, que bonito!!!
Firme nas vigas tropicais!!! Que lindo.
abraço a causa! :)
#vergonhaalheia
Obviamente anônimo o comentário acima.
Impossível, então, não parafrasear o Mestre: sinto-me irmã de sensibilidade e expressão. Pra frente!
Esse é o inquieto Passolargo que eu conheço :-)
sou preto e mulher, tranquilo e falivel como b. lee, outro índio, sempre marginal
Abraços aos Anônimos também!
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